Segundo informações do vice-presidente da Associação dos Provedores de Internet do Estado de Alagoas (Aspeal), Wellington Santos, os gastos apenas com proteção contra os ataques já ultrapassam os R$ 15 milhões. Além disso, muitos contratos foram cancelados, o que acarretou na perda de empregos de diversos trabalhadores que dependiam dessas empresas para sustentar suas famílias.
Os impactos não se limitam apenas aos clientes dessas empresas, mas também atingem os servidores públicos do Governo de Alagoas, Justiça Federal e Prefeituras locais, que utilizam os serviços desses provedores de internet. As investigações conduzidas pela Polícia Civil em parceria com a Polícia Federal apontam que os ataques são originados de servidores internacionais e utilizam estratégias de negação de serviço distribuído (DDoS) para congestionar as redes dos provedores.
Henrique Andrade, associado da Aspeal, destacou a gravidade da situação, ressaltando que agora os ataques estão atingindo simultaneamente 70 empresas, o que antes ocorria de forma mais pontual. A associação também alerta para a organização e os altos investimentos necessários para realizar esse tipo de ataque, com custos que variam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil por ação criminosa.
Diante desse cenário preocupante, a Aspeal enfatiza a importância de ações conjuntas entre provedores, governo e forças policiais para mitigar os danos e proteger a infraestrutura digital do estado. O presidente da associação, Ângelo Rosa, mencionou que estão em contato com as autoridades responsáveis pela operação PowerOFF, liderada pela Europol, que desmantelou recentemente serviços utilizados para realizar ataques DDoS.
É urgente a necessidade de medidas abrangentes e eficazes para combater essa onda de ataques cibernéticos em Alagoas e garantir que a população tenha acesso seguro e estável à internet, que se tornou essencial em nosso dia a dia.