O ataque surpreendeu a todos e empurrou a região para um território desconhecido, levantando questões sobre a capacidade de defesa de Israel e a escalada da violência na região. Autoridades militares israelenses relataram que foram disparados 185 drones, 36 mísseis de cruzeiro e 110 mísseis superfície-superfície em direção a Israel, a maioria proveniente do Irã, mas também com contribuições do Iraque e do Iêmen.
Fabian Hinz, especialista no exército iraniano, explicou que o Irã pode estar utilizando um míssil de cruzeiro desenvolvido pelo Corpo de Guardas Revolucionários Islâmicos, o Paveh 351, com alcance superior a 1.200 milhas. Esta capacidade de ataque preocupa as autoridades, uma vez que tais armas podem atingir Israel a partir do próprio Irã, representando uma ameaça significativa.
Jeffrey Lewis, membro do Conselho Consultivo de Segurança Internacional do Departamento de Estado dos EUA, destacou que o Irã está utilizando mísseis de cruzeiro de ataque terrestre capazes de transportar cerca de uma tonelada de explosivos. Além disso, a presença de drones com a capacidade de mudar de alvo rapidamente traz mais desafios para as defesas de Israel.
Nos últimos anos, o Irã tem investido pesadamente em dissuasão, mísseis de longo alcance, drones e defesas aéreas, tornando-se um dos maiores arsenais de armas do Oriente Médio. Diante desse cenário, Israel solicitou ao Estados Unidos mais munições guiadas de precisão e interceptadores para seu sistema de defesa Iron Dome, visando fortalecer sua capacidade de resposta.
Em um momento de crescente tensão e desafios de segurança, a região do Oriente Médio enfrenta um cenário complexo e imprevisível, com potenciais consequências devastadoras para a estabilidade regional. A resposta de Israel e a postura internacional diante desse evento são cruciais para a resolução deste conflito e a manutenção da paz na região.
