O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) denunciou o sofrimento contínuo dos habitantes de Gaza, descrevendo a privação de alimentos e outras necessidades essenciais como “abominável”. Em uma declaração contundente, a organização destacou que, além das mortes causadas por ataques, muitos civis estão sendo vítimas da falta de assistência humanitária, especialmente crianças que enfrentam desnutrição severa. A situação é alarmante, uma vez que as famílias são forçadas a deixar suas casas repetidamente em busca de segurança e recursos.
Em um agravante adicional, Israel tomou medidas em janeiro para suspender as operações da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA). O governo israelense alegou que alguns funcionários da agência estariam colaborando com o Hamas, grupo considerado terrorista por Tel Aviv, em ataques contra o país em outubro de 2023. Esta decisão contribuiu significativamente para o agravamento da crise humanitária na área.
Recentemente, Israel começou a enviar suprimentos através da Fundação Humanitária de Gaza, uma iniciativa aprovada pelos Estados Unidos, mas a distribuição foi limitada a áreas específicas no sul do enclave. Além disso, o comissário-geral da UNRWA, Philippe Lazzarini, expressou preocupações de que a ajuda humanitária está sendo utilizada para deslocar forçosamente os palestinos.
A situação em Gaza continua a desafiar a comunidade internacional, que observa a deterioração das condições de vida e a incessante violência que afeta a população civil. Com a pressão crescente sobre a ONU e outras entidades internacionais, a necessidade de uma solução pacífica e eficaz para o conflito torna-se cada vez mais urgente.
