Segundo o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, as mortes civis em Rafah foram consideradas “devastadoras”, porém a escala do ataque não foi suficiente para modificar a política dos EUA em relação a Israel. Kirby ressaltou a preocupação dos EUA com uma possível invasão por terra à cidade, justificando que o atual avanço com tanques de guerra não corresponde ao cenário projetado por Washington como uma violação definitiva.
Apesar da pressão para reduzir o envio de armas a Israel, o presidente Joe Biden havia limitado os equipamentos enviados em uma remessa recente e afirmou em entrevista que os EUA não forneceriam armas ao país para atacar Rafah. No entanto, especialistas apontaram evidências de que as bombas lançadas em Rafah eram de fabricação americana, sendo identificadas como GBU-39.
O contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz das Forças Armadas de Israel, afirmou que as bombas utilizadas continham 17 quilos de material explosivo, o que foi interpretado por Washington como um esforço para reduzir baixas. Autoridades americanas encorajaram Israel a aumentar o uso de bombas GBU-39 em Gaza, pois são consideradas mais precisas e adequadas a ambientes urbanos do que bombas maiores.
Apesar disso, críticos apontaram que o ataque levanta questões sobre a proteção eficaz dos civis, sugerindo potenciais problemas nas medidas de precaução adotadas. A utilização de armas de precisão em áreas densamente povoadas pode aumentar o risco de danos colaterais, levantando preocupações sobre a negligência na escolha de alvos.