O radar atingido estava cercado por diversos veículos, incluindo quatro caminhões carregando mísseis. Antes do ataque, esses armamentos estavam posicionados ao lado do radar, mas após a ofensiva foram deslocados e não exibiam danos visíveis. A movimentação dos mísseis sugere que o ataque israelense teve como alvo específico o sistema de defesa aérea iraniano, de acordo com Biggers. A escolha estratégica de Isfahã como alvo, uma cidade de grande importância militar e tecnológica no Irã, pode indicar a intenção de Israel em enviar uma mensagem clara ao país persa.
O tipo de arma utilizada no ataque ainda não foi confirmado, porém autoridades ocidentais e iranianas informaram ao New York Times que drones aéreos e pelo menos um míssil disparado de uma aeronave de guerra foram empregados. O míssil disparado teria sido equipado com tecnologia capaz de evitar as defesas de radar do Irã. Autoridades ocidentais ressaltaram que nem o míssil nem a aeronave que o lançou adentraram o espaço aéreo jordaniano, evitando assim um conflito ampliado na região.
A retaliação imediata por parte do Irã não parece estar nos planos do governo de Teerã, segundo fontes internas. O país desmentiu relatos de ataques de mísseis e alegou que seu sistema de defesa aérea não foi acionado. As tensões entre Irã e Israel têm aumentado nos últimos meses, culminando em uma série de ataques mútuos. Em abril, os confrontos se intensificaram, com Israel atingindo um prédio do Consulado iraniano em Damasco e o Irã retaliando com drones e mísseis lançados contra solo israelense.
Ambos os países optaram por manter silêncio público em relação ao último ataque, possivelmente visando evitar uma escalada do conflito. A cautela demonstrada por Israel pode indicar a intenção de lidar com o assunto de forma discreta, a fim de evitar retaliações imediatas por parte do Irã. A situação delicada entre os dois países, que estão em conflito há anos, levanta temores de uma guerra regional mais ampla e descontrolada.