Ataque com mísseis ATACMS à Rússia considerado ato de guerra, alerta especialista em defesa aérea



Um ataque com mísseis ATACMS realizado na última terça-feira, 19 de novembro, na região de Bryansk, na Rússia, gerou uma controvérsia significativa e foi interpretado por especialistas como um indicativo de que os Estados Unidos teriam efetivamente declarado guerra à Rússia. O analista militar Yuri Knutov, conhecido por suas análises sobre defesa aérea, destacou que esse ato representa uma escalada nas tensões entre as duas potências. A decisão de utilizar esses mísseis foi especialmente notável, uma vez que Washington e o Pentágono optaram por não confirmar oficialmente que a Ucrânia teria permissão para atacá-los, a fim de evitar a formalização de uma declaração de guerra.

Knutov argumenta que esse episódio faz parte de um esforço coordenado por uma aliança entre Estados Unidos, França e Reino Unido, visando expandir as ações militares contra a Rússia. Os ataques recentes não se limitaram aos mísseis ATACMS. Outros mísseis, como os franceses Scalp e britânicos Storm Shadow, também foram citados como parte do arsenal ucraniano direcionado contra o território russo.

A eficácia das defesas aéreas russas contra esses mísseis foi questionada, com Knutov alertando que a natureza dos ATACMS, que frequentemente possuem ogivas de fragmentação, torna sua interceptação uma tarefa complexa. Mesmo que um míssil seja derrubado, sempre existe o risco de detonação, causando danos a alvos tanto pretendidos quanto não intencionais.

Além disso, o especialista notou que a demanda por sistemas de defesa aérea russos deve aumentar globalmente, especialmente após demonstrações de sucesso em interceptação de mísseis. Muitos países, carentes de sistemas avançados como o S-400 ou Buk-M3, podem se interessar em adquirir essas tecnologias.

Embora as sanções ocidentais tenham afetado a indústria de defesa russa, Knutov previu um crescimento na demanda por esses sistemas caso o conflito na Ucrânia chegue ao fim. Os fabricantes de defesa na Rússia estão constantemente aprimorando suas tecnologias, incorporando dados de telemetria que melhoram a capacidade de interceptação desses mísseis. O cenário atual denota uma tensão crescente que traz à tona a possibilidade de um prolongamento e uma intensificação do conflito na região.

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