Situado a 164 anos-luz da Terra, o WASP-69 b pertence à classe dos “júpiteres quentes”. Esses gigantes gasosos orbitam suas estrelas de forma extremamente próxima, a ponto de completarem uma órbita em menos de quatro dias. A temperatura sufocante em sua superfície pode ultrapassar os 600 graus Celsius, graus que tornam a vida, como conhecemos, impossível e fazem deste planeta um objeto de estudo controverso e intrigante.
A cauda do WASP-69 b resulta de um processo chamado fotoevaporação. Quando a radiação intensa da estrela anfitriã aquece a atmosfera exterior do exoplaneta, elementos leves como hidrogênio e hélio evaporam-se e são arrosteados para o espaço. Esse fenômeno é potencializado por ventos estelares que interagem com a atmosfera do planeta, puxando os gases que escapam. Essa dinâmica atmosférica é um campo ainda em desenvolvimento na astrofísica e promete oferecer novas informações sobre a evolução e a formação de atmosferas planetárias.
Embora caudas de exoplanetas sejam um fenômeno descrito nas teorias, ainda se sabe pouco sobre como elas se formam e se comportam. Estudos mais aprofundados sobre a cauda do WASP-69 b podem não apenas ajudar a entender melhor esse planeta em particular, mas também oferecer insights sobre como as atmosferas se adaptam e interagem com a radiação estelar.
A pesquisa sobre exoplanetas como o WASP-69 b ilustra a importância da astronomia contemporânea para a ampliação do nosso conhecimento sobre o universo. Esse tipo de estudo não apenas destaca a variedade de condições em que os planetas podem existir, mas também levanta questões fundamentais sobre a formação dos sistemas planetários e a busca por partículas que podem, em algum momento, estar relacionadas à vida, mesmo que essas condições sejam drásticas e imprevisíveis.