O novo corpo celeste, designado como Kepler-51e, foi identificado após os pesquisadores perceberem que um dos planetas conhecidos, Kepler-51d, transitou diante de sua estrela duas horas antes do que os modelos previam. Essa anomalia nos horários de trânsito levou os cientistas a explorar a possibilidade da presença de um quarto planeta, cuja força gravitacional poderia estar influenciando as órbitas dos outros planetas já conhecidos. A pesquisa, liderada por uma equipe da Penn State e da Universidade de Osaka, foi registrada em um artigo publicado no The Astronomical Journal.
A equipe de cientistas, ao revisar dados coletados ao longo de 14 anos por diferentes telescópios, entrou em uma “busca de força bruta”, testando diversas configurações até encontrar um modelo que pudesse acomodar o novo planeta. Segundo as estimativas, Kepler-51e apresenta uma órbita com duração de 264 dias, o que requer um monitoramento contínuo para melhor entender como sua gravidade afeta o sistema planetário como um todo.
Uma das questões intrigantes que permanece é como os planetas ultraleves do sistema conseguiram formar suas atmosferas sem que a intensa radiação de sua estrela causasse destruição. Dado o tamanho e a menor massa dos planetas, muitas perguntas ainda precisam ser respondidas a respeito de sua origem e evolução.
À medida que novos dados do JWST continuam a ser analisados, os pesquisadores esperam obter insights sobre as atmosferas e composições dos planetas conhecidos, buscando finalmente responder como se deu sua formação. Essa descoberta não apenas amplia nosso conhecimento sobre sistemas planetários fora do nosso, mas também quebra paradigmas sobre as características que podem existir em exoplanetas.