O limite de Eddington é uma referência crucial que descreve a luminosidade máxima que um buraco negro pode atingir, assim como a velocidade máxima de absorção de material. Quando a pressão de radiação muito alta ao redor de um buraco negro iguala sua atração gravitacional, o processo de acreção atinge esse limiar, impedindo que mais massa seja absorvida. Porém, os dados sugerem que LID-568 está operando além desse limite, levando à especulação de que ele poderia estar passando por um fenômeno denominado acreção super-Eddington, onde a ingestão rápida de matéria ocorre de forma excepcional e temporária.
A pesquisa foi realizada por um coletivo de cientistas liderados por Hyewon Suh do Observatório Internacional Gemini/NSF’s NOIRLab, utilizando as capacidades avançadas do Telescópio Espacial James Webb (JWST) em observações infravermelhas. A revelação obtida não apenas fornece uma visão mais profunda sobre a natureza dos buracos negros em seus estágios iniciais, mas também levanta questões significativas sobre sua rápida evolução e o papel que desempenharam na estrutura do universo como conhecemos hoje. Julia Scharwachter, também do observatório Gemini, destacou a importância de compreender esses mecanismos de alimentação rápida para entender como buracos negros massivos podiam existir em períodos tão primordiais da história cósmica. A descoberta do LID-568, portanto, não só enriquece nosso entendimento do universo, mas também abre novas avenidas para a pesquisa astronômica.