Associação processa Eduardo Bolsonaro por comparar professores a traficantes e exige indenização de R$ 80 milhões.



A Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR) moveu um processo contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no último dia 17 de outubro. A entidade está exigindo uma indenização de R$ 20 mil por professor, o que totaliza um montante de R$ 80 milhões, por conta das declarações feitas pelo parlamentar durante um ato pró-armas que ocorreu em Brasília no dia 9 de julho deste ano.

Durante o evento, Eduardo Bolsonaro, que estava em cima de um trio elétrico com uma bandeira enrolada do Estado do Paraná, comparou os professores a traficantes de drogas. Em seu discurso, o deputado afirmou que não havia diferença entre um “professor doutrinador” e um traficante, sugerindo que ambos estariam colocando em risco a educação e o futuro das crianças.

A APUFPR representa cerca de quatro mil servidores da Universidade Federal do Paraná e considerou as declarações de Eduardo Bolsonaro como difamatórias e prejudiciais à honra dos professores. Além da indenização, a associação também exige que o parlamentar faça uma retratação pública nos principais meios de comunicação do país.

O advogado que representa a APUFPR, Daniel Godoy Junior, afirmou que o valor pedido para a indenização é apenas uma referência e que cabe ao juiz decidir o valor a ser pago aos professores. Ele também ressaltou que o Estado também é responsabilizado pelas falas do deputado, já que os danos foram causados por um funcionário público.

Segundo a ação movida pela associação, as declarações de Bolsonaro não apenas violaram o direito à honra dos servidores da UFPR, mas também promoveram o ódio e contribuíram para uma “atmosfera de hostilidade contra os professores”. De acordo com o advogado, as palavras do deputado incentivam o radicalismo e a resolução de conflitos por meio do uso de armas.

Por fim, Daniel Godoy ressaltou que a conduta de Eduardo Bolsonaro fere diretamente a dignidade da pessoa humana, que é um princípio fundamental do Estado Democrático de Direito. Portanto, é fundamental que o parlamentar seja responsabilizado por seus atos e que as vítimas sejam devidamente reparadas pelos danos sofridos.

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