Associação Americana de Diabetes desaconselha uso de versões manipuladas de medicamentos semaglutida e tirzepatida, aprovados pela FDA.

A Associação Americana de Diabetes (ADA) emitiu um comunicado em dezembro passado alertando sobre os riscos do uso de versões manipuladas dos medicamentos semaglutida e tirzepatida. Esses fármacos, aprovados pela Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, são indicados para o tratamento do diabetes tipo 2, redução de riscos cardiovasculares e controle de peso.

De acordo com a ADA, as versões manipuladas desses medicamentos podem apresentar concentrações imprecisas, impurezas e falta de garantia de origem e qualidade dos insumos, colocando em risco a eficácia e segurança do tratamento. Tanto a semaglutida (comercializada como Ozempic e Wegovy) quanto a tirzepatida (Mounjaro) são consideradas medicamentos biológicos, atuando como agonistas do hormônio GLP-1 e do hormônio GIP, respectivamente.

Esses medicamentos têm sido amplamente procurados devido aos seus impactos positivos no controle do diabetes e na perda de peso, porém, seus altos custos tem levado algumas pessoas a recorrerem a versões manipuladas, que podem ser encontradas a preços mais acessíveis no mercado.

No entanto, a Anvisa, assim como entidades médicas brasileiras, endossam o posicionamento da FDA e alertam sobre os riscos desses medicamentos manipulados. A manipulação desses fármacos pode resultar em erros de administração de doses, efeitos colaterais graves e falta de acompanhamento adequado, comprometendo a eficácia do tratamento.

As farmácias de manipulação, que têm suas atividades regulamentadas pela Anvisa, não podem produzir medicamentos em larga escala e só devem manipular medicamentos em dosagens específicas, de acordo com a necessidade individual de cada paciente. No entanto, a manipulação de versões sintéticas dos IFAs sem aval da Anvisa é proibida.

Tanto a Novo Nordisk quanto a Eli Lilly, fabricantes dos medicamentos, se manifestaram contrárias à manipulação de suas moléculas, alertando para os riscos à saúde dos pacientes que optam por essas versões manipuladas. A farmacêutica Novo Nordisk ressaltou que a semaglutida é patenteada e não é fornecida para farmácias de manipulação, enquanto a Eli Lilly alertou sobre a proliferação de versões falsificadas da tirzepatida.

Diante do alerta das autoridades de saúde e fabricantes, é importante que os pacientes busquem orientação profissional adequada e evitem o uso de medicamentos manipulados, visando garantir a segurança e eficácia do tratamento para o diabetes e controle de peso.

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