Assessores de Bolsonaro alvos de operação da PF são apontados como “influências golpistas” na CPI das Fake News.


Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal realizou uma operação visando desmantelar uma suposta organização criminosa envolvida em uma tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Dois importantes assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram alvos da ação, que levantou suspeitas sobre suas atividades e influência nas decisões do ex-presidente.

Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor presidencial, foi um dos 33 alvos de busca e apreensão durante a operação. Ele é apontado como um dos pilares do denominado “gabinete de ódio”, uma estrutura localizada no Palácio do Planalto que supostamente tinha como objetivo disseminar notícias falsas e mensagens difamatórias destinadas a adversários políticos.

Já Filipe Martins, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi preso na casa de sua namorada, em Ponta Grossa, no Paraná. Sua defesa alegou não ter acesso aos autos do processo, gerando expectativa sobre as próximas ações e desdobramentos jurídicos.

Os dois assessores já haviam sido apontados como “influências golpistas” no relatório final da CPI das Fake News, elaborado pela senadora Lídice da Mata em 2019. O documento, que não chegou a ser apresentado publicamente, contava com depoimentos de figuras proeminentes, como o general Santos Cruz e a ex-deputada federal Joice Hasselmann, que apontavam a forte influência de Martins e Arnaud nas decisões de Bolsonaro.

A CPI das Fake News, no entanto, foi encerrada sem conclusões concretas, devido aos constantes embates entre a base de Bolsonaro e a oposição. Alega-se que a investigação foi paralisada no primeiro trimestre de 2020 e que não houve interesse em reativar o colegiado antes do final da última legislatura, em dezembro de 2022.

Diante desse cenário, a operação da Polícia Federal desta quinta-feira acendeu o alerta sobre as possíveis atividades ilícitas desempenhadas por membros do governo anterior, aumentando a pressão sobre o ex-presidente Bolsonaro e seus colaboradores. Os desdobramentos desse episódio certamente continuarão a despertar grande interesse e polêmica nos círculos políticos e na sociedade como um todo.

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