Segundo a deputada Fátima Canuto, é necessário elaborar projetos que possam conter e prevenir os danos causados pela chuva. Ela ressalta que não é mais aceitável recorrer apenas a medidas paliativas a cada ano. As chuvas em Alagoas têm provocado inundações, alagamentos, transbordos de rios e lagoas, causando prejuízos históricos ao estado. Enquanto isso, a região do Agreste e do Sertão enfrentam momentos de seca, mesmo com a existência de água que não é armazenada e utilizada de maneira adequada.
A deputada Fátima Canuto afirma que uma comissão técnica será formada para realizar visitas às regiões afetadas e realizar estudos in loco em diversas localidades, como Pilar, Rio Largo, Cajueiro, União dos Palmares e o Sertão. O objetivo é conduzir essa discussão urgente para todos os alagoanos, levando em consideração a preservação de vida, saúde, dignidade e infraestrutura.
A deputada Rose Davino (PP) acredita que a audiência pode marcar um momento decisivo para o Estado. Ela apresentou uma indicação na Assembleia Legislativa solicitando ao Governo o Plano Estadual de Prevenção Contra Inundações e Desabamentos de Encostas. Já o deputado Doutor Wanderley (MDB) destaca a responsabilidade da Assembleia Legislativa em identificar os problemas, elaborar soluções e enviar as melhores propostas ao Poder Executivo.
Durante a audiência, foram realizadas palestras por especialistas, abordando diversos aspectos relacionados às enchentes e à seca em Alagoas. O professor Alex Gama falou sobre a infraestrutura hídrica para a preservação de água, enquanto o professor Fernando Pinto discorreu sobre o plano de contenção de água pluvial para eventos críticos de precipitação. A gestora ambiental Gabriela Goulart abordou os riscos de desastres naturais e o representante da Cohidro, Jerônimo Lima, falou sobre a mitigação dos efeitos das cheias nas bacias dos rios Paraíba e Mundaú. O professor Vladimir Caramoni explanou sobre eventos extremos de secas e cheias, e o representante da Embrapa, Antônio Santiago, discutiu a agricultura, produtividade e uso da água.
O professor Vladimir Caramoni ressaltou a importância de aprender a lidar com os extremos climáticos, propondo a adaptação e a melhoria das infraestruturas de gestão. Já Antônio Santiago destacou a necessidade de aproveitar melhor a água, especialmente para a produção de alimentos, citando a importância de projetos de irrigação. Gabriela Goulart ressaltou a importância de políticas públicas voltadas para a mitigação dos eventos climáticos extremos.
A audiência pública mostrou-se como um importante espaço de debate e busca de soluções para prevenir os danos causados pelas enchentes e pela seca em Alagoas. Por meio da união de esforços e da adoção de medidas efetivas, é possível minimizar os efeitos desses eventos climáticos e garantir a segurança e qualidade de vida para todos os alagoanos.