O encontro está marcado para começar às 13h, de forma híbrida, com transmissão online e presencial na sede da empresa, localizada no Centro do Rio de Janeiro. Um dos pontos mais polêmicos em pauta é a distribuição dos dividendos extraordinários, que gerou uma séria crise entre a diretoria da Petrobras e o Ministério de Minas e Energia (MME) nas últimas semanas. Enquanto a diretoria sugeriu distribuir metade desses recursos extras, os representantes da União no colegiado não aceitaram a proposta, defendendo a distribuição de 100%.
Essa discordância levou a um embate entre Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, e Alexandre Silveira, ministro do MME, chegando a gerar rumores de que o comando da estatal poderia ser trocado por Lula. Após reuniões em Brasília com os ministérios da Fazenda e da Casa Civil, o governo decidiu revisar a decisão e optar pela distribuição de 50% dos dividendos extras.
Recentemente, o Conselho da Petrobras se reuniu por 13 horas e decidiu sugerir à Assembleia a distribuição dos dividendos extraordinários limitada a 50%, alegando que isso não comprometeria a sustentabilidade financeira da empresa. A expectativa é de que o governo envie a proposta de distribuição de 50% dos dividendos de R$ 43,9 bilhões, ficando com cerca de R$ 6 bilhões desse total.
Outro ponto crucial da Assembleia será a eleição dos novos membros do Conselho de Administração. O governo federal, como sócio majoritário da Petrobras, indicou oito nomes para a renovação do conselho, incluindo a recondução de Pietro Mendes à presidência do colegiado. Além disso, os acionistas minoritários também indicaram seus representantes para disputar as cadeiras, prometendo uma acalorada disputa na Assembleia.
A reunião também vai aprovar o resultado de 2023, quando a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, além de eleger cinco membros do Conselho Fiscal, o presidente do colegiado e decidir sobre a remuneração dos administradores, entre outras pautas. Toda essa movimentação promete tornar a Assembleia da Petrobras um verdadeiro campo de batalha, refletindo a insegurança que tem sido gerada entre investidores e empresas que negociam parcerias com a estatal.