Ao chegar ao local, a Polícia Militar encontrou a área já isolada por outra equipe policial, enquanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmava o óbito da comerciante. Um exame preliminar do Samu apontou várias lesões por disparos de arma de fogo, com ferimentos evidentes na testa, orelha esquerda, braço esquerdo e no crânio da vítima. Notavelmente, nenhum pertence de Maria foi levado, o que descarta a hipótese inicial de latrocínio.
Relatos da mãe de Maria, que testemunhou o horrendo crime, indicam que a vítima estava no quintal de sua casa, onde também funciona o mercadinho, quando escutou sua filha implorar para que “levassem tudo, mas não fizessem nada com ela”. Segundo a mãe, uma voz masculina ordenou que Maria levantasse a cabeça antes dos disparos fatais. Em estado de choque, a mãe foi socorrida por uma vizinha após encontrar a filha ensanguentada.
A filha de Maria, que chegou pouco após a tragédia, revelou à polícia que sua mãe vinha sendo ameaçada pelo ex-companheiro através de mensagens de áudio. Esse fato reforça as suspeitas em torno da identidade do autor do crime. A cena foi preservada até a chegada das equipes do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto Médico Legal (IML), responsáveis pela perícia e pelo recolhimento do corpo.
As investigações agora estão a cargo da Polícia Civil, enquanto a comunidade aguarda apreensiva por justiça. Até o momento, nenhum suspeito foi detido, mas a expectativa é de que o desdobrar das investigações leve à captura do responsável por este ato criminoso que abalou a tranquilidade local.