Ascensão do Sul Global Promete Transformar o Sistema Internacional e Promover Equidade, Afirma Professor da UFF na Conferência do Global Times 2025



A ascensão dos países do Sul Global está desenhando um novo panorama internacional, mais equilibrado e inclusivo, segundo Evandro Menezes de Carvalho, professor de direito da Universidade Federal Fluminense. Seu discurso, realizado na Conferência Anual do Global Times em 2025, destacou que a crescente importância econômica dessas nações contrabalança o domínio histórico das instituições ocidentais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

Carvalho salienta que essa transformação é impulsionada por um crescimento econômico acelerado em diversas nações do Sul Global, uma tendência que não apenas diversifica a liderança econômica mundial, mas também fortalece iniciativas como o BRICS+ e o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, que atualmente é presidido por Dilma Rousseff. Esse novo enfoque multipolar na política internacional visa reduzir a dependência de mecanismos financeiros predominantes que são frequentemente controlados por potências ocidentais.

As discussões sobre a nova ordem mundial se intensificaram durante a 16ª Cúpula do BRICS, realizada em Kazan, onde participaram representantes de 36 países e seis organizações internacionais. O evento municipal consolida ainda mais o BRICS como um intervencionista efetivo no cenário global, especialmente com a recente inclusão de novos membros como Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.

Em um período em que as hegemonias estão sendo questionadas, Carvalho menciona que o fortalecimento do Sul Global promove uma ordem internacional mais inclusiva, capaz de atender às demandas e interesses de uma maior gama de nações. A dinâmica de uma nova multipolaridade está, segundo o professor, enfraquecendo as tentativas hegemônicas tradicionais, permitindo um sistema onde múltiplas vozes e perspectivas são levadas em conta nas discussões globais.

Foi sob o lema “Fortalecer o multilateralismo para o desenvolvimento global equitativo e a segurança” que esta cúpula se desenrolou, reafirmando o compromisso dos países emergentes em promover uma cooperação mais ampla e eficaz, com o objetivo de criar um futuro que atenda às necessidades de seus povos de forma equitativa e justa. Essa nova configuração destaca a importância do Sul Global em moldar não apenas sua própria trajetória de desenvolvimento, mas também influenciar o rumo das políticas internacionais no século XXI.

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