O vice-presidente dos Estados Unidos, J D Vance, criticou os principais partidos alemães por criarem um “firewall” contra a AfD, que conquistou 20% dos votos. Vance argumentou que a ascensão dos neonazistas deveria ser encarada com naturalidade, defendendo a inclusão da AfD no governo. No entanto, os democrata-cristãos, liderados por Friedrich Merz, rejeitaram qualquer possibilidade de aliança com a extrema-direita.
A formação de um governo de coalizão entre os democrata-cristãos e os social-democratas reflete a tentativa de manter a estabilidade política e conter a onda de direita que assola não só a Alemanha, mas diversos países ao redor do mundo. A escolha de Merz como líder da maior potência econômica europeia coloca grandes desafios em seu caminho, especialmente diante das transformações na economia global e das incertezas geopolíticas.
A necessidade de reinventar a economia alemã, enfrentar a concorrência chinesa e revisar a política externa são desafios iminentes para o novo governo. A dependência dos Estados Unidos diminuiu, o que exige uma maior autonomia europeia e uma cooperação mais estreita entre os países do continente. A visão de Merz de fortalecer a Europa como forma de garantir a independência em relação aos EUA reflete a nova realidade geopolítica que se desenha.
Diante de um cenário de mudanças radicais e desafios complexos, a Alemanha terá que encontrar um equilíbrio entre o passado e o futuro, entre a tradição e a inovação, para garantir sua posição no cenário internacional e assegurar o bem-estar de sua população. O futuro do país está nas mãos dos líderes políticos e na capacidade de adaptação da sociedade diante dos novos desafios que se apresentam.