As contas externas registraram um déficit de US$ 843 milhões em junho.

O Banco Central (BC) informou hoje que as contas externas tiveram um saldo negativo de US$ 843 milhões em junho. No mesmo período do ano passado, houve um superávit de US$ 266 milhões nas transações correntes, que incluem compras e vendas de mercadorias e serviços, bem como transferências de renda com outros países.

Essa diferença entre os dois anos se deve principalmente ao aumento do déficit em renda primária, que engloba pagamentos de juros e lucros e dividendos de empresas. Esse déficit aumentou US$ 2,8 bilhões em junho, devido principalmente a um maior pagamento de juros ao exterior em operações intercompanhias e em empréstimos externos.

Também houve uma redução no superávit da renda secundária, que envolve transferências sem contrapartidas. Por outro lado, o déficit foi parcialmente compensado pelo aumento do superávit comercial de bens e pela redução do déficit em serviços.

No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes atingiu US$ 49,967 bilhões, representando 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, o déficit foi de US$ 48,858 bilhões (2,47% do PIB).

No acumulado do ano até junho, o déficit é de US$ 13,803 bilhões, uma redução em relação ao saldo negativo de US$ 20,833 bilhões no primeiro semestre de 2022. Esse é o menor déficit para o período desde 2017.

De acordo com o BC, apesar do aumento do resultado negativo em junho na comparação interanual, há uma tendência de déficits baixos nas contas externas, o que indica uma situação externa confortável para o país.

Em relação à balança comercial, o superávit foi o maior da série histórica para o mês de junho. As exportações de bens totalizaram US$ 30,247 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 21,645 bilhões.

No setor de serviços, o déficit foi reduzido devido principalmente a uma queda nos gastos com transporte. Já as viagens internacionais mostraram uma recuperação gradual, com aumento das receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil.

Quanto aos investimentos diretos no país, houve uma baixa no ingresso líquido de investimentos em junho em comparação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, em um período mais longo, os investimentos continuam sendo significativos e de longo prazo, financiando o déficit em conta corrente.

O estoque de reservas internacionais também apresentou aumento em junho, chegando a US$ 343,620 bilhões.

Vale ressaltar que os dados divulgados pelo Banco Central são preliminares e podem ser revisados.

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