De acordo com a Arquidiocese, esses recursos deveriam ter sido integralmente investidos em ações sociais, mas a gestão anterior não apresentou a documentação necessária para comprovar como esse valor foi empregado. A falta de clareza levou à solicitação de uma auditoria judicial, com o objetivo de investigar possíveis irregularidades e esclarecer a destinação dos fundos.
As alegações e investigações abrangem um período que se estende de 2018 a 2024, levantando questões sobre a administração financeira de projetos que deveriam ter beneficiado a comunidade local. Além disso, o padre Walfran está implicado em outro processo, que se relaciona a uma movimentação financeira de quase R$ 14 milhões por uma associação que operava na Igreja de Santo Antônio, localizada no Bebedouro, uma área que foi indenizada pela Braskem.
A Arquidiocese não deixou de enfatizar seu compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos recebidos. Em nota oficial, a instituição afirmou que está seguindo as diretrizes da Santa Sé e reafirmou seu zelo pelo correto manejo de verbas. Até o momento, os mencionados na ação não foram localizados para comentar a situação, mas o espaço para seu posicionamento permanece aberto.
Em resposta, o padre Walfran se defendeu, afirmando que todos os convênios sob sua responsabilidade foram submetidos ao Sistema Federal de Operação dos Convênios (SINCOV), que é obrigatório para a gestão de verbas discricionárias através do sistema transfereregov.br. Ele sustentou que sua conduta permanece dentro da legalidade e negou qualquer irregularidade em relação à prestação de contas ou ao desvio de recursos destinados a projetos sociais da Arquidiocese. A situação, evidentemente, coloca em destaque a importância da transparência nos projetos sociais e na gestão de recursos financeiros em instituições religiosas.