Os vestígios encontrados indicam que, durante a Antiguidade Tardia, as crenças religiosas da região mudaram significativamente, com o advento das religiões monoteístas, incluindo o cristianismo, que se tornou predominante. Nesse contexto, as estátuas de bronze, que anteriormente representavam deuses e mitos, foram desmanteladas. O material extraído, como bronze, era recapturado e reutilizado para novas finalidades, como a cunhagem de moedas.
Aybek sugere que os fragmentos possam estar associados a homenagens a benfeitores locais, referidos em inscrições da época, especificamente àquelas relacionadas a “Metropolitan Apollonios”. Além dos fragmentos, a equipe encontrou placas de bronze, que possivelmente eram utilizadas para reparos ou fundição, levando à especulação de que a antiga Metrópolis poderia ter sido um centro de produção ou restauração de estátuas de bronze.
Essa descoberta lança luz sobre práticas de reciclagem que datam de mais de mil anos, revelando não apenas a habilidade artesanal dos antigos habitantes, mas também a complexa interação entre cultura e religião na região ao longo dos séculos. A importância desta pesquisa se estende além do mero achado de artefatos, representando um elo vital com a história e a evolução social de Izmir, que ao longo do tempo foi um verdadeiro caldeirão de civilizações, passando pelo Neolítico até os períodos Romano, Bizantino e Otomano.
As escavações continuam, e a expectativa é que novos achados possam fornecer ainda mais informações sobre a rica história dessa região que, apesar dos desafios modernos, mantém seu patrimônio cultural viva e relevante.