Além disso, Armínio expressou seu desejo de se filiar a um “partido liberal, progressista e verde”. Ele ainda comentou sobre a necessidade de um governo bem estruturado, semelhante a uma combinação entre Fernando Henrique Cardoso e Lula, que poderia resultar em um crescimento de 3% a 4% para a economia.
Ao ser questionado sobre a postura do presidente Lula em relação à proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em defesa do déficit zero em 2024, Fraga concordou que o governo está correto ao buscar o equilíbrio entre despesas e receitas, no entanto, ressaltou a necessidade de uma estratégia para lidar com o empréstimo contínuo para pagamento de juros, uma questão que, segundo o economista, não está sendo devidamente abordada pelo governo.
Fraga destacou que, antes de tudo, é necessário encontrar maneiras de melhorar a produtividade e a distribuição de renda no Brasil. Ele sustentou que o país possui muito espaço para crescer em todas as áreas, o que poderia resultar em um ciclo econômico virtuoso.
Fora de sua área de especialização, Armínio ainda opinou sobre a recente disputa entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso, enfatizando a importância de uma discussão saudável sobre as decisões monocráticas dos ministros da Corte.
Já Celso Rocha de Barros, autor de “PT, uma biografia”, expressou preocupação com a falta de partidos fortes e ideológicos na centro-direita brasileira, ressaltando que a classe política do país se mostra conservadora e pouco disposta a debater questões ideológicas.
Em resumo, a participação de Armínio Fraga e Celso Rocha de Barros na Flip 2023 revelou diversas reflexões sobre as perspectivas econômicas e políticas do Brasil, bem como os desafios que o país enfrenta em relação à desigualdade social e a capacidade de seus líderes em promover mudanças significativas.