Além disso, Milei também fez previsões sobre a inflação no país. Segundo o presidente, a inflação mensal de dezembro ficaria abaixo dos 30% e mais próxima dos 25%, considerando um sucesso da sua equipe econômica, apesar de expectativas de até 45%. No entanto, uma inflação anual estimada em mais de 200% coloca a Argentina à frente da Venezuela como o país com a alta de preços mais acelerada na América Latina.
Também houve notícias positivas para o país, já que a Argentina fechou um acordo com o Fundo Monetário Internacional para desbloquear US$ 4,7 bilhões. Porém, houve também revés, com a Justiça dos EUA negando trégua à Argentina, permitindo que investidores pedissem ressarcimento de US$ 16,1 bilhões por YPF.
As dúvidas sobre a determinação de Milei em fechar o banco central aumentaram à medida que ele abrandou o tom após vencer o segundo turno em novembro. A decisão de abandonar alguns de seus conselheiros mais polêmicos e nomear membros da equipe do ex-presidente Mauricio Macri também foi vista como um sinal de que ele iria moderar suas ambições.
Atualmente, existem apenas alguns poucos países que operam sem um banco central. A lista inclui Panamá, Kiribati, Tuvalu, Micronésia, Andorra, Ilhas Marshall, Mônaco, Nauru e Palau. A maioria deles tem populações pequenas e alguns são considerados paraísos fiscais.
Em relação ao Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça, Milei afirmou ter recebido 60 pedidos de reuniões bilaterais, demonstrando confiança na capacidade de aprovar o pacote abrangente de reformas que enviou ao Legislativo. Ele também elogiou o novo acordo alcançado com o Fundo Monetário Internacional, chamando-o de “a negociação mais rápida com o FMI da história”.
Em suma, a Argentina continua a passar por turbulências econômicas enquanto seu presidente, Javier Milei, tenta cumprir suas promessas de campanha, enfrentando desafios e controversas medidas econômicas.