ARAPIRACA – Artigo de enfermeira denuncia a violência contra a mulher e ressalta a importância de combate e proteção às vítimas.

A enfermeira e superintendente da Atenção Especializada da Secretaria Municipal de Saúde, Edna Veríssimo, teve seu artigo intitulado “NÃO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER” publicado no jornal O Fluminense, no dia 23 de outubro. O jornal O Fluminense é um periódico fundado em 1878 em Niterói e é o terceiro jornal mais antigo do estado do Rio de Janeiro e o sexto do Brasil.

No artigo, Edna Veríssimo ressalta que a violência contra as mulheres é uma triste realidade que afeta os direitos humanos e está mais próxima do que se imagina. Segundo a OMS, quase uma em cada três mulheres com 15 anos ou mais sofreu algum tipo de violência física ou sexual pelo menos uma vez na vida. No Brasil, em 2019, os números foram alarmantes: a cada 2 horas, uma mulher perdeu a vida; a cada hora, 526 mulheres sofreram agressão física; e ocorreram 66.123 casos de estupro, sendo que 85,7% das vítimas eram mulheres e 57,9% eram menores de 13 anos.

Os impactos dessa problemática vão além da saúde física e mental das vítimas, afetando também suas finanças e toda a família. Além disso, a violência contra a mulher tem consequências profundas na vida dos filhos que presenciam esses atos, resultando em transtornos mentais, dificuldades em construir relacionamentos saudáveis e comportamentos agressivos, perpetuando o ciclo de violência.

Edna Veríssimo também ressalta a dificuldade que muitas mulheres têm em reconhecer que estão sendo vítimas de violência, muitas vezes, culpabilizando-se erroneamente por essa situação. Isso ocorre porque os agressores podem alternar comportamentos agressivos com momentos de aparente gentileza, criando uma ilusão de “príncipes encantados”. No entanto, a enfermeira enfatiza que as mulheres não devem se sentir culpadas por serem vítimas de agressão, já que essa visão distorcida está enraizada na cultura machista e patriarcal.

Edna Veríssimo destaca a importância da Lei Maria da Penha, de 2006, como uma medida importante para combater essa questão, definindo claramente os tipos de violência e estabelecendo medidas de proteção às vítimas. Ela também ressalta os vários tipos de violência que as mulheres podem sofrer, como violência física, psicológica, patrimonial, sexual e moral.

A enfermeira ressalta que é fundamental denunciar a violência contra a mulher e destaca a existência de uma rede de enfrentamento composta por diversos serviços que oferecem apoio e proteção às vítimas. Ela destaca a importância da notificação compulsória dos casos de suspeita ou confirmação de violência contra mulheres em serviços de saúde, fortalecendo o compromisso com o combate à violência de gênero.

Edna Veríssimo conclui enfatizando que todos nós, como cidadãos e humanitários, devemos nos incomodar e denunciar a violência contra a mulher. Ela ressalta que a violência precisa acabar e que é necessário compreender que existem leis e que a violência contra a mulher é crime, sujeito a consequências. A prioridade deve ser apoiar e proteger as vítimas, oferecendo o suporte necessário. A enfermeira também compartilha contatos importantes como a Central de Atendimento à Mulher, Disque Denúncia, Polícia Militar, SAMU, Bombeiros Militar e Direitos Humanos, que devem ser acionados quando necessário.

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