Aposentados e pensionistas lutam contra juros abusivos em empréstimos: deputado propõe teto legal para garantir justiça financeira e proteção aos beneficiários do BPC.



Os aposentados, pensionistas e beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) enfrentam um cenário alarmante em relação ao acesso a crédito. Apesar de serem considerados tomadores de crédito de baixo risco pelas instituições financeiras, esse grupo continua a ser alvo de taxas de juros abusivas em empréstimos consignados, muitas vezes realizados sem a devida autorização prévia. Para combater essa prática, o deputado federal Alfredo Gaspar, integrante do União por Alagoas, apresentou o Projeto de Lei 2611/2025, que busca estabelecer um teto legal para os juros aplicados a essas operações de crédito, propondo alterações na Lei nº 10.820, de 2003.

Destinado a trazer justiça financeira e segurança econômica, o projeto visa proteger milhões de brasileiros que dependem de benefícios previdenciários para a sua sobrevivência diária. A proposta se propõe a evitar ciclos de endividamento gerados por taxas excessivas, particularmente em empréstimos com desconto diretamente na folha de pagamento.

Conforme especificado no texto do projeto, a definição da taxa máxima de juros pré-fixada mensal para empréstimos consignados ficará a encargo do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). Esse conselho deverá revisar os índices a cada trimestre, obedecendo a um novo limite: a taxa Selic anual vigente mais um acréscimo de, no máximo, 3,5 pontos percentuais ao ano. Assim, considerando a Selic atual de 14,75%, o teto anual dos juros chegaria a 18,25%, equivalendo a aproximadamente 1,40% ao mês. Este percentual é considerado suficiente para cobrir os custos operacionais das instituições financeiras, ao mesmo tempo em que proporciona proteção ao consumidor final.

Alfredo Gaspar enfatiza a urgência desta medida, ressaltando que aposentados e pensionistas formam uma fração da população que merece respeito e proteção adequados. “Eles têm direito a condições justas de crédito, e não devem ser penalizados por um sistema que muitas vezes se beneficia da vulnerabilidade dos que mais necessitam”, afirma o deputado. Gaspar menciona ainda uma situação preocupante, onde mais de R$ 6 bilhões foram desviados do INSS, implicando uma conivência que atinge tanto sindicatos aliados ao governo quanto figuras de alto escalão. Para ele, é crítico que ações sejam implementadas para proteger os cidadãos que mais precisam, evitando que o peso das más gestões recaiam sobre eles.

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