Essa notícia abriu espaço para possíveis remakes, spin-offs e adaptações dos primeiros filmes estrelados pelo Mickey. No entanto, há um porém: as versões mais recentes do personagem, como as vistos em “Fantasia” (1940), ainda estão protegidas por direitos autorais.
Desde a criação de Mickey Mouse, a Disney tem feito um trabalho cuidadoso para proteger os direitos autorais e as marcas associadas ao personagem. A empresa afirmou que continuará protegendo suas versões mais modernas do Mickey Mouse e outras obras que ainda estão sujeitas a direitos autorais. Além disso, a marca comercial do personagem também não estará coberta pelo domínio público, o que significa que produtos que usem o Mickey de forma indevida poderão ser alvo de ações legais.
Com a possível entrada de Mickey Mouse no domínio público, surgem oportunidades para artistas recriarem o personagem de formas inovadoras. A diretora do Centro Duke para o Estudo do Domínio Público, Jennifer Jenkins, explicou que artistas poderiam criar versões conscientização sobre as mudanças climáticas de “Steamboat Willie”, ou até mesmo narrativas feministas em que Minie assume o leme.
No entanto, a Disney provavelmente irá monitorar de perto qualquer tentativa de utilização indevida do personagem, especialmente em produtos que possam causar confusão aos consumidores em relação à associação do Mickey Mouse à marca da Disney.
Justin Hughes, professor da Faculdade de Direito da Loyola, observou que ainda é provável que haja batalhas judiciais em relação aos limites do domínio público, e recomenda que qualquer um que deseje utilizar a imagem do Mickey deve agir com cautela e buscar aconselhamento jurídico.
Portanto, embora o domínio público do Mickey Mouse ofereça novas oportunidades criativas, também apresenta desafios legais e comerciais que devem ser encarados com atenção e cuidado.