Após bate-boca, Trump desliga ligação com premier da Austrália

Presidente dos EUA criticou acordo para realocar refugiados acertado por Obama

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, interrompeu abruptamente uma ligação telefônica após uma conversa tensa com o primeiro-ministro australiano na semana passada, informou o “Washington Post”. Segundo o jornal, o chefe da Casa Branca desligou o telefone com Malcolm Turnbull depois de exaltar sua vitória nas eleições de novembro e criticar um acordo para realocar refugiados. O pacto havia sido acertado entre o governo australiano e o ex-presidente americano Barack Obama. A Austrália é um dos aliados mais próximos dos Estados Unidos, e um dos chamados “cinco olhos” com quem Washington divide informações sensíveis.

De suas quatro ligações telefônicas com líderes mundiais na semana passada, “esta foi a pior de longe”, teria dito Trump a Turnbull, segundo o “Post”.

Ao ser consultado nesta quinta-feira sobre a informação do jornal americano, o primeiro-ministro australiano respondeu:

— Agradeço seu interesse, mas é melhor que estas conversas sejam francas e privadas. Posso assegurar que a relação é muito forte.

Turnbull disse na segunda-feira que concordou com Trump em honrar o acordo alcançado com Obama para realocar um número não especificado dentre as 1,6 mil pessoas que a Austrália abriga em centros de Nauru e Papua Nova Guiné. Já há temores de que Trump rescinda do acordo, sobretudo depois do seu decreto anti-imigratório da semana passada.

O relato do “Post” é muito diferente do informe oficial oferecido por ambos os governos depois da conversa. Depois da informação do jornal, Trump pôs em dúvida o acordo no Twitter:

“Pode acreditar? O governo Obama acordou receber milhares de imigrantes ilegais da Austrália. Por quê? Estudarei este acordo estúpido”, escreveu.

O presidente suspendeu a entrada de refugiados e cidadãos de sete países muçulmanos temporariamente nos Estados Unidos, sob a justificativa de melhorar a segurança nacional. A ordem executiva foi duramente criticada pela comunidade internacional e provocou uma onda de protestos em várias cidades americanas.

o globo

02/02/2017

 

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