Desesperada, Marta gravou um vídeo tocante e apelou às autoridades locais por meio das redes sociais. Seu relato comovente rapidamente se espalhou, tocando a sensibilidade de muitos internautas e tornando-se viral. No vídeo, Marta descreveu a dificuldade e o sofrimento de sua família diante da impotência de ver sua mãe, que dedicou sua vida a criar nove filhos, sem receber o tratamento médico necessário. “Eu imploro, isso aqui é um pedido de socorro. Compartilhem, para que esse vídeo chegue às autoridades, porque minha mãe merece uma chance de viver”, apelou Marta em lágrimas.
A ampla repercussão do caso nas redes sociais gerou uma onda de pressão popular sobre o prefeito da cidade. Até então, o gestor não havia tomado medidas concretas para resolver a situação crítica de Severina. Apenas após a massiva manifestação de apoio e a indignação popular que se alastraram pela internet, o prefeito Júlio César implementou as medidas necessárias para que a paciente fosse transferida para um hospital especializado.
A atitude tardia do prefeito gerou uma enxurrada de críticas. Muitos questionaram a demora na resposta do poder público e argumentaram que a situação de Severina poderia ter sido resolvida com maior rapidez e eficiência, sem a necessidade de uma pressão popular tão intensa. Esse episódio não apenas expôs as falhas no sistema de saúde pública do município, mas também levantou debates sobre a eficácia das redes sociais e da mobilização popular na indução de ações governamentais.
Além disso, o caso trouxe à tona uma reflexão importante: até que ponto é necessário que as pessoas recorram às redes sociais para garantir direitos básicos como o acesso à saúde? A administração pública, responsabilizada pela preservação do bem-estar dos cidadãos, foi colocada sob os holofotes e, mais do que nunca, houve um chamado urgente para melhorias e maior celeridade no atendimento aos necessitados.