A avenida, um dos cartões postais da capital paulista, já estava sendo ocupada desde cedo pelos manifestantes, o que levou ao fechamento do Museu de Arte de São Paulo (Masp) durante o domingo. A convocação para a manifestação surgiu após Bolsonaro ser implicado pela PF em uma suposta tentativa de golpe, com provas como um texto encontrado em sua sala com argumentos para a decretação de estado de sítio e uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem, além de um vídeo de uma reunião ministerial em que ele instigava ataques ao sistema eleitoral.
Os manifestantes começaram a ocupar a Avenida Paulista por volta das 10 horas, muitos vindos em caravanas de diferentes estados do país. Ao todo, quatro veículos estavam posicionados na Paulista, com dois carros de som onde políticos e influenciadores bolsonaristas discursavam, e dois carros com telões de led para retransmissão dos discursos. Um forte esquema de segurança foi montado, com 2 mil agentes da Polícia Militar na região, incluindo batalhões como Força Tática, Baep, Choque, Cavalaria, drones e outros.
Durante o evento, Bolsonaro fez um apelo para que seus apoiadores não levassem cartazes “contra quem quer que seja”, buscando manter a manifestação pacífica e focada na defesa do Estado democrático de direito. A presença dos manifestantes na Avenida Paulista gerou impacto na cidade e chamou a atenção tanto da imprensa nacional quanto de espectadores nas redes sociais. O clima tenso e a mobilização intensa marcaram a manifestação, que teve repercussão nacional ao longo do dia.
No cenário político conturbado do país, eventos como este refletem a polarização e a mobilização de diferentes setores da sociedade em torno de questões fundamentais para a estabilidade e a democracia brasileira. A presença maciça de apoiadores de Bolsonaro na Avenida Paulista mostra a força e a organização desses grupos, que continuam a influenciar o cenário político nacional com suas manifestações e posicionamentos.