Segundo informações colhidas durante a apuração, Camarinha foi imposto à equipe do escritório em Miami, contratado pela sede da agência em Brasília e expatriado de forma excepcional em abril de 2022. No entanto, o médico não exercia qualquer atividade relacionada às suas funções de assessor e não frequentava as dependências do escritório, configurando assim uma contratação fraudulenta.
Após a conclusão da investigação, a ApexBrasil encaminhou o caso às autoridades judiciais. O inquérito está relacionado a negociações de joias e presentes de Estado nos EUA, no qual Bolsonaro e ex-assessores, incluindo Lourena, estão sendo investigados. A agência destacou que o pai de Mauro Cid utilizou de forma indevida a estrutura do escritório em Miami.
Além disso, o documento da Apex apontou que, mesmo após ser demitido, Lourena utilizou o celular funcional da empresa para compartilhar fotos das joias e objetos de arte atribuídos a Bolsonaro. Houve resistência por parte do general em devolver o aparelho à agência. Ricardo Camarinha, médico que acompanhou Bolsonaro em diversas viagens, foi exonerado da função de médico da Presidência em março de 2022 e realocado para a Agência em Miami, sendo posteriormente desligado em maio de 2023.
Diante das alegações e evidências levantadas pela investigação interna, o caso agora segue para apreciação e providências por parte da Justiça. A conduta de Lourena à frente do escritório em Miami levantou questionamentos sobre afastamento das funções e defesa de pautas golpistas. A ApexBrasil reiterou seu compromisso com a transparência e a ética em suas ações, buscando sempre a lisura e a correção em seus processos internos.