O apagão afetou significativamente o serviço de metrô, resultando em pessoas presas nos vagões e gerando um clima de ansiedade e desconforto entre os passageiros. Ao mesmo tempo, a falta de luz resultou em um trânsito caótico nas principais vias da cidade, uma vez que os semáforos e sinais de trânsito estavam inoperantes. Locais icônicos, como o Congresso Nacional, a Casa Rosada e a sede da Suprema Corte de Justiça, também foram impactados pela interrupção do fornecimento elétrico.
A empresa Edesur, responsável pela distribuição de energia na região sul da cidade, atribuiu a falha a problemas em uma linha de alta tensão, que afetou múltiplas subestações. Embora os trabalhos de restabelecimento tenham começado por volta das 15h, cerca de 200 mil clientes ainda permaneciam sem eletricidade durante a tarde, após um primeiro apagão que ocorreu na madrugada do mesmo dia.
É importante destacar o contexto econômico em que esses apagões ocorrem. Nos últimos anos, as tarifas de energia elétrica em Buenos Aires aumentaram em impressionantes 268%, enquanto a inflação disparou para 117,8%. Esses números revelam um cenário de crescente insatisfação popular com a gestão energética do país, especialmente em um momento em que as necessidades básicas da população estão sendo cada vez mais desafiadas por custos elevados.
A situação em Buenos Aires urge por soluções efetivas e programas sustentáveis de gestão de energia, uma vez que apagões recorrentes não só afetam a qualidade de vida dos cidadãos, mas também geram instabilidade econômica e social em uma cidade que desafia o calor e as dificuldades econômicas ao mesmo tempo.
