A Química Amparo, fabricante do produto, afirmou que identificou os lotes problemáticos por meio de seu controle de qualidade interno. A empresa comunicou imediatamente a Anvisa e iniciou o recolhimento dos itens há mais de um mês, conforme estabelece a regulamentação sanitária. Segundo a empresa, o desvio detectado se referia a uma “descaracterização” do odor do detergente nas unidades.
Embora a Química Amparo tenha assegurado que não há risco à saúde ou segurança do consumidor, a Anvisa recebeu relatos de consumidores sobre mau cheiro e turbidez em várias versões do produto. De acordo com a agência reguladora, análises internas realizadas pela empresa revelaram resultados microbiológicos fora dos padrões adotados para o monitoramento da produção, indicando um potencial risco de contaminação por microrganismos.
Para tranquilizar a população, tanto a empresa quanto a Anvisa enfatizaram que o risco à saúde é reduzido por duas razões. Primeiramente, o detergente é destinado à limpeza de utensílios e pode ser enxaguado, o que limita o contato com a pele. Além disso, altos níveis de contaminação, se vierem a ocorrer, são facilmente identificáveis pelo consumidor devido ao mau cheiro e à turbidez, o que inviabiliza o uso do produto.
É importante ressaltar que apenas os lotes específicos mencionados no decreto tiveram a comercialização proibida, não havendo restrições para os demais disponíveis no mercado. Os lotes suspensos foram fabricados nos meses de julho, agosto, setembro, novembro e dezembro de 2022 e possuem um final terminando em “1” ou “3”.
Dessa forma, é fundamental que os consumidores verifiquem a lista completa com todos os lotes suspensos divididos por marca, a fim de garantir a segurança no uso do detergente Ypê. A ação da Anvisa demonstra o compromisso do órgão em proteger a saúde da população e assegurar a qualidade dos produtos disponíveis no mercado.