Anvisa proíbe venda de álcool 70% líquido em farmácias e supermercados a partir de maio no Brasil, qual a melhor alternativa?



A partir do mês de maio, o álcool 70% líquido, um produto amplamente utilizado por muitos brasileiros durante a pandemia da Covid-19, não estará mais disponível para compra em farmácias e supermercados no Brasil. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2002, devido aos riscos que o produto líquido representava para a saúde pública, especialmente em casos de queimaduras e ingestão, principalmente por crianças.

A proibição da venda do álcool 70% líquido no varejo fez com que o produto se tornasse restrito a locais como hospitais, laboratórios e empresas que necessitam de uma esterilização específica. No entanto, em 2020, com o surgimento da pandemia de Covid-19, a Anvisa autorizou de forma excepcional e temporária a comercialização do produto em farmácias e mercados, a fim de auxiliar no combate ao vírus.

Essa autorização temporária foi prorrogada diversas vezes, sendo a última vez no final de 2022, quando o país enfrentava um aumento significativo nos casos de coronavírus. A medida permitia a venda do álcool 70% líquido até 31 de dezembro de 2023, com a ressalva de que, para esgotar os estoques, a comercialização poderia ser realizada por mais 120 dias após o término da validade da resolução.

Com o fim do prazo estabelecido, o comércio do álcool 70% líquido será encerrado oficialmente no dia 30 deste mês. Muitos consumidores que adotaram o uso desse produto durante a pandemia podem estar se perguntando qual a melhor alternativa para manter a higienização das mãos e superfícies de forma eficaz.

Segundo Graciele Almeida de Oliveira, bacharel em Química e doutora em Bioquímica pela USP, a melhor opção para eliminar vírus e bactérias das mãos continua sendo a lavagem com água e sabão. A especialista ressalta que o álcool líquido pode irritar a pele e causar o ressecamento, enquanto a lavagem correta das mãos é um método eficaz na prevenção de doenças.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a lavagem das mãos deve durar de 20 a 30 segundos e seguir cinco passos essenciais, como molhar as mãos, aplicar sabão, esfregar todas as superfícies, enxaguar abundantemente e secar com um pano limpo.

A Anvisa também recomenda uma série de desinfetantes que podem substituir o álcool 70% líquido na higienização de superfícies, como o hipoclorito de sódio, alvejantes contendo hipoclorito, entre outros. Esses produtos devem permanecer em contato com a superfície por cerca de 5 a 10 minutos para garantir a eficácia na eliminação de vírus e bactérias.

É importante ressaltar que a água sanitária e os alvejantes comuns podem ser diluídos para desinfetar pisos e outras superfícies, mas é fundamental seguir as orientações de diluição e utilização adequada desses produtos, a fim de evitar danos e manchas em materiais específicos. Além disso, cada ambiente requer uma forma específica de higienização, e a escolha dos produtos adequados é essencial para garantir a eficácia do processo.

Com o encerramento da venda do álcool 70% líquido em farmácias e supermercados, é importante que os consumidores estejam cientes das alternativas disponíveis e sigam as recomendações adequadas para manter a higiene das mãos e superfícies de forma eficaz e segura. A conscientização e a adoção de práticas de higienização corretas são essenciais para a prevenção de doenças e para a manutenção da saúde pública.

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