Durante a conversa, Costa expressou que não há necessidade de especulação sobre a agenda da nova equipe do governo dos EUA, enfatizando a importância do diálogo direto. “Tentarei entrar em contato com ele [Trump] após meu início no cargo. Estou certo de que encontraremos uma boa maneira de discutir os interesses das nossas nações”, afirmou Costa. Além disso, ele mencionou que já estava em contato com o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, e que uma reunião já estava agendada. O objetivo é reafirmar o comprometimento da União Europeia em apoiar a Ucrânia “pelo tempo que for necessário”.
Este papel de liderança ocorre em um contexto onde as relações internacionais estão em constante transformação. O fato de Costa optar por uma conversa telefônica em vez de uma visita presencial à residência de Trump na Flórida, assim como fez o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, mostra um enfoque pragmático em um momento de significativas pressões políticas e sociais.
Além da sua nova função no Conselho Europeu, é pertinente lembrar que António Costa renunciou ao cargo de primeiro-ministro em dezembro de 2023, após um escândalo de corrupção que veio à tona em seu governo. Ele havia liderado Portugal desde novembro de 2015, mas sua trajetória política agora passa por um novo capítulo, onde a diplomacia e a capacidade de diálogo serão testadas nas complexas relações entre a Europa e os EUA, especialmente em tempos de incerteza mundial.
Com uma agenda repleta de compromissos, Costa tem a responsabilidade de navegar por desafios como a invasão russa à Ucrânia e suas implicações para a segurança e estabilidade europeias. O futuro da União Europeia, em face dessas crises, poderá depender em grande parte das interações que o novo presidente do Conselho Europeu estabelecer com líderes globais nas próximas semanas.