António Costa alerta: Europa deve participar ativamente na reestruturação de segurança com a Rússia em meio a negociações impulsionadas por Trump.



Na atualidade, as tensões entre a Europa e a Rússia se intensificam com a possibilidade de um novo formato de negociações de segurança, conforme destacado pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa. O líder europeu está preparando uma série de encontros cruciais com outros dirigentes do continente em Paris, um planejamento que surge em resposta à recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de iniciar diálogos bilaterais com Moscou para pôr fim ao conflito na Ucrânia, que já se arrasta por quase três anos.

As negociações em Paris ocorrem paralelamente a encontros preparatórios entre diplomatas dos EUA e da Rússia na Arábia Saudita. A administração Trump vem buscando maneiras de acelerar os diálogos e reduzir a dependência europeia em relação ao apoio militar americano, colocando os países europeus em uma posição vulnerável e em busca de uma voz ativa nas discussões que envolvem sua segurança coletiva.

Costa enfatizou que, se Trump deseja que a Europa assuma um papel maior na sua própria defesa, o continente deve ser protagonista na formulação de uma nova arquitetura de segurança. Ele argumentou que as negociações devem incluir as preocupações da União Europeia, já que a guerra na Ucrânia não é apenas uma questão bilateral, mas um assunto que toca diretamente a segurança de toda a região europeia.

Recentemente, Trump enviou sinais de que os países europeus poderiam não ter um assento garantido nas mesas de negociação, embora os Estados Unidos tenham solicitado informações sobre o suporte militar e financeiro que os europeus poderiam oferecer à Ucrânia. Essa situação gera apreensão entre as nações do continente, que temem um acordo final que ignore suas perspectivas e necessidades.

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, também se manifestou, sublinhando a urgência de que a Europa se defina sobre o que pode contribuir para as negociações. Ele destacou a necessidade de investimentos substanciais que possam ser aplicados em iniciativas relevantes, com um foco especial na assistência à Ucrânia.

Neste contexto, a visão de Costa e outros líderes é clara: qualquer futura estrutura de segurança na Europa deve ser elaborada tendo em conta as realidades do continente e a importância de um envolvimento ativo dos países europeus, ao invés de se relegar a um papel secundário frente a decisões que têm profundas repercussões em sua soberania e estabilidade.

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