Antártica: Sete países disputam terras, enquanto EUA e Rússia mantêm reivindicações não reconhecidas segundo tratado internacional de 1959.



A Antártica, a vasta e inóspita região conhecida como o continente mais ao sul do planeta, tem atraído a atenção de várias nações ao longo das décadas. Embora não pertença a nenhum país, a áreas desse continente têm sido objeto de reivindicações territoriais por parte de sete nações até o presente momento. A formalização dessas reivindicações se desencadeou especialmente após a assinatura do Tratado da Antártica em 1959, que estabeleceu diretrizes para a exploração e pesquisa científica, enquanto proíbe atividades relacionadas à exploração de recursos minerais.

Dentre os países que reivindicam áreas na Antártica, destaca-se o Reino Unido, que estabeleceu o Território Antártico Britânico em 1908, uma das reivindicações mais antigas. Essa área sobrepõe-se parcialmente às reivindicações da Argentina e do Chile, que também buscam estabelecer sua soberania na região. A Argentina, por sua vez, fundamenta sua reivindicação desde 1946, apoiando-se na presença histórica em uma base na Ilha Laurie, que data de 1904. Já o Chile, que formalizou o Território Antártico Chileno em 1940, sustenta suas reclamações com base em documentos do período colonial espanhol.

Outras nações com presença ou reivindicações territoriais na Antártica incluem a França, que reivindica um território desde 1938, a Nova Zelândia, que formalizou sua reivindicação em 1923, a Noruega, que fez sua reivindicação em 1939, e a Austrália, detentora da maior área de reivindicação com o Território Antártico Australiano, formalizado em 1933.

Os Estados Unidos e a Rússia também têm interesse na região, mantendo o direito de fazer reivindicações no futuro sem reconhecer as reivindicações de outros países. Os EUA operam várias estações de pesquisa na Antártica, enquanto a Rússia possui um número ainda maior, utilizando suas instalações para diversas pesquisas científicas, incluindo estudos climáticos, ambientais e sobre a biodiversidade local.

Assim, enquanto a Antártica continua sendo um terreno de pesquisa científica vital e de cooperação internacional, as questões de soberania e reivindicações territoriais persistem como um intrigante tema no cenário geopolítico global.

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