É importante ressaltar que a suspensão de comercialização não afeta os usuários que já possuem contratos desses planos com as operadoras. No entanto, as empresas não poderão vender e negociar novos contratos com novos clientes até que melhorem o atendimento aos beneficiários antigos e reduzam o índice de reclamações.
De acordo com a ANS, no período de 1 de abril a 30 de junho deste ano, foram recebidas um total de 58.035 reclamações dos consumidores em relação à cobertura assistencial dos planos de saúde. Isso levou a agência a adotar a medida de suspensão, visando proteger os beneficiários e incentivar as operadoras a melhorarem a qualidade dos serviços prestados.
No total, 394.313 beneficiários ficam protegidos com essa medida, já que esses planos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora no resultado do monitoramento feito pela ANS. Para o diretor de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS, Alexandre Fioranelli, essa medida incentiva uma melhoria contínua nos serviços prestados pelas operadoras.
Entre os especialistas, o ex-presidente da ANS e sócio do M3BS Advogados, Rogério Scarabel, avalia que o monitoramento feito pela ANS serve como um termômetro do serviço oferecido pelas operadoras aos usuários dos planos de saúde. Quando o índice de reclamações sobe, isso pode indicar que o serviço não está sendo bem prestado, o que leva à punição das empresas.
É importante ressaltar que a suspensão da venda desses planos começa a valer a partir do dia 3 de outubro. A ANS também divulgou a lista completa das operadoras e dos planos que terão a venda temporariamente suspensa. É fundamental que os consumidores estejam atentos a essa lista para evitar contratar um plano que está com a venda proibida. Assim, garantem a qualidade do serviço prestado e evitam futuras dores de cabeça.