Anomalias congênitas: um em cada quatro bebês morre no 1º ano de vida no DF, aponta boletim epidemiológico inédito.

Um estudo epidemiológico inédito realizado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal revelou dados alarmantes sobre a mortalidade de bebês nascidos com anomalias congênitas na região. Segundo o boletim, um em cada quatro bebês, filhos de mães moradoras do DF e diagnosticados com alguma anomalia congênita, não sobrevive ao primeiro ano de vida. Esses dados foram baseados em aproximadamente 700 mil nascimentos registrados entre 2010 e 2022.

Durante esse período, mais de 4 mil recém-nascidos foram diagnosticados com anomalias congênitas, sendo que pouco mais de mil deles não resistiram às condições associadas às anomalias. O estudo também comparou esses dados com o número total de mortes de bebês nos primeiros 12 meses de vida no DF, e revelou que 27,8% desses óbitos foram causados por anomalias congênitas, tornando-as a segunda maior causa de mortalidade entre bebês com menos de 1 ano na região.

As anomalias congênitas, resultantes de alterações estruturais ou funcionais que ocorrem durante a formação do feto no útero, podem ser detectadas antes, durante ou após o nascimento. Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento dessas alterações, como predisposição genética, doenças maternas, qualidade nutricional da gestante e uso de substâncias químicas durante a gravidez.

O Distrito Federal é o único estado do país que oferece o teste do pezinho ampliado, com capacidade para identificar até 62 patologias congênitas. Entre 2017 e 2022, houve um aumento no número de casos de anomalias congênitas na região. Em 2017, 0,6% dos recém-nascidos apresentavam alguma anomalia, número que subiu para 1% em 2022.

A divulgação desse estudo inédito pela Secretaria de Saúde é fundamental para traçar políticas públicas, aprimorar o acompanhamento da gestante, direcionar o atendimento e melhorar a formação dos profissionais de saúde. É preciso acompanhar de perto esses dados e implementar ações para reduzir esses casos, pois muitas anomalias poderiam ser prevenidas ainda na fase pré-natal.

Portanto, o conhecimento e a conscientização sobre esse tema são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos recém-nascidos e de suas famílias no Distrito Federal. Medidas preventivas e aprimoramento dos cuidados pré-natais podem contribuir significativamente para a redução da incidência de anomalias congênitas e para a melhoria das taxas de sobrevivência dessas crianças.

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