Durante esse período, mais de 4 mil recém-nascidos foram diagnosticados com anomalias congênitas, sendo que pouco mais de mil deles não resistiram às condições associadas às anomalias. O estudo também comparou esses dados com o número total de mortes de bebês nos primeiros 12 meses de vida no DF, e revelou que 27,8% desses óbitos foram causados por anomalias congênitas, tornando-as a segunda maior causa de mortalidade entre bebês com menos de 1 ano na região.
As anomalias congênitas, resultantes de alterações estruturais ou funcionais que ocorrem durante a formação do feto no útero, podem ser detectadas antes, durante ou após o nascimento. Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento dessas alterações, como predisposição genética, doenças maternas, qualidade nutricional da gestante e uso de substâncias químicas durante a gravidez.
O Distrito Federal é o único estado do país que oferece o teste do pezinho ampliado, com capacidade para identificar até 62 patologias congênitas. Entre 2017 e 2022, houve um aumento no número de casos de anomalias congênitas na região. Em 2017, 0,6% dos recém-nascidos apresentavam alguma anomalia, número que subiu para 1% em 2022.
A divulgação desse estudo inédito pela Secretaria de Saúde é fundamental para traçar políticas públicas, aprimorar o acompanhamento da gestante, direcionar o atendimento e melhorar a formação dos profissionais de saúde. É preciso acompanhar de perto esses dados e implementar ações para reduzir esses casos, pois muitas anomalias poderiam ser prevenidas ainda na fase pré-natal.
Portanto, o conhecimento e a conscientização sobre esse tema são essenciais para garantir a saúde e o bem-estar dos recém-nascidos e de suas famílias no Distrito Federal. Medidas preventivas e aprimoramento dos cuidados pré-natais podem contribuir significativamente para a redução da incidência de anomalias congênitas e para a melhoria das taxas de sobrevivência dessas crianças.