Aneel prorroga início de vigência de acordo com Âmbar Energia por 40 dias e sugere suspensão do pacto com grupo J&F



A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou em comunicado nesta quinta-feira, 18 de agosto, que em uma reunião extraordinária, a diretoria decidiu, por unanimidade, prorrogar por cerca de 40 dias o início da vigência do acordo com a Âmbar Energia. Além disso, a Aneel sugere a suspensão do pacto com a empresa do grupo J&F por prazo indeterminado, caso haja entendimento nesse sentido por parte do Tribunal de Contas da União (TCU).

A decisão de prorrogar o início da vigência do acordo foi tomada após uma preocupação interna do Ministério de Minas e Energia (MME) em relação a um possível atraso na análise do pedido. Caso a Aneel não efetuasse a prorrogação até o dia seguinte, o termo com a empresa entraria em vigor na segunda-feira seguinte, dia 22.

Segundo o comunicado da Aneel, o adiamento é necessário para que o plenário do TCU possa examinar detalhadamente o mérito e as condições do acordo. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou um ofício ao presidente do TCU, Bruno Dantas, na última terça-feira, solicitando uma análise definitiva do pacto feito com a Âmbar devido aos atrasos na entrada de usinas contratadas no Procedimento de Contratação Simplificado (PCS/2021) durante a crise hídrica.

Antes do envio do ofício, uma representação do Ministério Público do TCU (MPTCU) havia solicitado a rescisão do acordo. Em nota divulgada na noite de quinta-feira, o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, afirmou que a Agência não havia recebido formalmente o ofício e que o chefe de gabinete do MME encaminhou o Termo Aditivo para assinatura por email na quarta-feira.

Feitosa ressaltou que a Aneel está à disposição do TCU para implementar ajustes e determinações decididas pelo Tribunal, inclusive a realização de novos testes das usinas da Âmbar ou a suspensão do acordo, caso o TCU necessite de mais tempo para análise. O pedido de prorrogação feito pelo MME é para 30 de agosto.

Essa decisão da Aneel e a possibilidade de suspensão do acordo com a Âmbar Energia ainda geram incertezas e preocupações no setor energético, principalmente em meio à crise hídrica que o país enfrenta. A expectativa agora é aguardar as próximas decisões do TCU e os desdobramentos dessa situação.

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