Essa notícia vem após um período de seca histórica no segundo semestre de 2024, o que levou a Aneel a acionar a bandeira tarifária vermelha patamar 1º em setembro, pela primeira vez em mais de três anos. O gatilho para o acionamento da bandeira mais cara foi não apenas o risco hidrológico (GSF), mas também o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD).
Recentemente, o PLD foi definido em R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh) em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), no patamar regulatório mínimo. Além disso, os preços de referência da energia elétrica para os próximos três meses caíram pela segunda semana consecutiva, conforme apontado por um boletim da consultoria Dcide.
As projeções de inflação do Banco Central já incluem uma melhora nas condições climáticas que impactam no acionamento da bandeira tarifária de energia, como revelado no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avalia mensalmente o custo variável da produção de energia, levando em consideração a disponibilidade de recursos hídricos e o acionamento de fontes de geração mais onerosas.
O sistema de bandeiras tarifárias, implantado em 2015, encerrará 2024 com 61 acionamentos nas classificações amarela, vermelha 1, vermelha 2 ou “escassez hídrica”. Esse sistema tem como objetivo mitigar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia, e o maior período em que a bandeira tarifária permaneceu verde foi de abril de 2022 a julho deste ano, com retorno à bandeira verde em dezembro.