Desde sua polêmica soltura em 2020, por meio de uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello e posteriormente revogada por Luiz Fux, os esforços das autoridades para localizar o traficante têm sido incessantes. O Ministério Público de São Paulo, as polícias Militar e Civil do estado e a Polícia Federal estão mobilizados para descobrir o paradeiro do criminoso. Uma das teorias sugere que ele possa ter se estabelecido na Bolívia, onde o PCC busca expandir suas operações e fortalecer suas rotas de tráfico de drogas.
De acordo com informações do Setor de Inteligência da PM, há suspeitas de que André do Rap tenha retornado ao Brasil em diversas ocasiões nos últimos quatros anos para visitar amigos e familiares, embora os detalhes desses encontros permaneçam obscuros. As autoridades esforçam-se para traçar a rede de fornecimento de drogas na Bolívia e mapear as conexões do traficante no país vizinho, trazendo inclusive oficiais bolivianos para participar de um curso de inteligência em São Paulo.
A Bolívia desempenha um papel crucial nas operações do PCC, sendo o ponto de partida das principais rotas de contrabando de drogas para o Brasil. Os carregamentos ilícitos são transportados, geralmente, pelo Mato Grosso do Sul até São Paulo, onde são distribuídos e encaminhados para o Porto de Santos, a partir do qual são exportados para mercados internacionais.
André do Rap foi preso em 2019 em operação da Polícia Civil, porém sua soltura controversa em 2020 gerou uma série de questionamentos e polêmicas. Ao deixar a prisão, o traficante teria informado que iria para o Guarujá, mas acabou desaparecendo e rumando para destinos desconhecidos. O mistério em torno de sua localização e operações continua a intrigar as autoridades, que permanecem em busca de respostas para capturar um dos criminosos mais procurados do país.