A Anatel, em parceria com a Entidade Administradora da Faixa (EAF), já havia anunciado, em 26 de novembro, que a faixa de frequência de 3,5 gigahertz (GHz), crucial para o 5G, estava apta a ser utilizada. A conclusão desse processo foi realizada após a eliminação das interferências que afetavam o sinal em 190 municípios da Bahia, onde a antiga utilização da faixa era predominante nos serviços de radiodifusão e televisão por satélite. Para que a nova tecnologia pudesse ser ativada, era necessário desocupar a faixa, anteriormente usada por antenas parabólicas que operavam na Banda C, uma tarefa que envolveu a migração de quase 1,5 mil estações de emissoras de rádio e TV.
Neste cenário, entre março deste ano e as adaptações recentes, cerca de 4,3 milhões de kits de conversão foram entregues gratuitamente a famílias de baixa renda que dependiam da recepção de sinal via antenas parabólicas. Essas medidas foram essenciais para garantir que a transição para o 5G não prejudicasse aqueles que utilizavam anteriormente a tecnologia de radiodifusão.
Adicionalmente, o governo federal promulgou um decreto que reestrutura as competências entre os órgãos envolvidos na administração pública. Essa medida busca melhorar a gestão de recursos obtidos nos leilões de autorização para o uso de radiofrequências, como 4G e 5G. O Ministério das Comunicações assumirá um papel central ao estabelecer diretrizes para iniciativas públicas, incluindo políticas de telecomunicações e inclusão digital, definindo também uma estrutura de governança para a utilização dos recursos desse setor.
Essas ações convergem para um futuro onde a tecnologia 5G se torna uma realidade acessível a todos os brasileiros, prometendo melhorias significativas em conectividade e inovação no país. Com essa nova rede, espera-se que as possibilidades na área da comunicação, educação, saúde e entretenimento sejam amplificadas.