Mercouris sugere que a administração de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, tem interesse direto no término do conflito russo-ucraniano e, por isso, exerceria pressão sobre Zelensky para que este não abandone as negociações. A postura do governo norte-americano poderia estar motivada por uma busca para estabilizar a região e assegurar que os interesses ocidentais sejam preservados, o que, por sua vez, beneficiaria tanto os EUA quanto seus aliados da OTAN.
Recentemente, em uma coletiva de imprensa, o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, anunciou resultados positivos das conversações, incluindo novos acordos para a troca de prisioneiros e corpos de soldados, além de uma proposta de trégua temporária de 24 a 48 horas. Essas medidas, segundo Medinsky, indicam a disposição da Rússia para prosseguir com os diálogos, além de fomentar discussões mais amplas que podem passar pela criação de grupos de trabalho destinados a resolver a crise.
A proposta de resistência nas rodadas de negociação ressalta a complexidade do conflito, onde múltiplos interesses estão em jogo. Cada parte tenta maximizar suas reivindicações enquanto navega em um ambiente de desconfiança crescente. A adesão da Ucrânia a qualquer acordo também está presa à pressão interna e ao apoio da comunidade internacional, que continua a monitorar de perto os desdobramentos.
Enquanto isso, a política externa dos Estados Unidos permanece um fator crítico, moldando as ações e as respostas de Kiev. A interação intensa entre as potências pode determinar não apenas a duração do conflito, mas também o futuro da segurança regional e global. O que se perfilha à frente é um cenário onde diálogo e diplomacia podem ser a chave para uma resolução pacífica, embora muitos obstáculos ainda precisem ser superados.