De acordo com a pesquisa, uma parcela significativa do público, cerca de 47,8%, acredita que os eventos atrairão os chamados “malucos” golpistas, um termo que tem sido utilizado para descrever aqueles que defendem ações extremadas e não democráticas. Essa análise reflete um preocupante panorama de polarização política no país, onde a confiança nas instituições democráticas parece estar em declínio.
Outro grupo identificado na pesquisa é o que os leitores referiram como os “4 zeros de Bolsonaro”, que representa 24% dos respondentes. Essa expressão aparece frequentemente nas redes sociais e simboliza um fenômeno ligado à popularidade de Jair Bolsonaro, que tem conseguido manter uma base fiel mesmo após deixar a presidência. Este suporte expressivo sugere que há um segmento da população disposto a continuar defendendo seus ideais, mesmo em tempos adversos.
A sinalização de uma base mais moderada aparece com os 14,3% que se identificam como a “direita fiel”. Este grupo, embora menor, é significativo e revela que existem eleitores que, mesmo criticando algumas atitudes do ex-presidente, ainda se sentem alinhados à sua proposta política, mas de forma mais comedida.
Por outro lado, a pesquisa também revelou uma parcela de 13,9% que se refere humoristicamente ao movimento como a “Barbie do Tinder”, uma denominação que pode retratar o desdém ou ironia em relação ao tipo de liderança que Bolsonaro representa. Essa denominação sugere uma atitude de desconfiança, como se muitos vissem as manifestações como uma performance superficial.
O cenário se desdobra em um seu campo complexo, onde se entrelaçam diversos grupos com motivações e reivindicações distintas. Fica evidente que as manifestações convocadas por Bolsonaro são mais do que um simples ato político; elas são um reflexo das tensões e divisões que permeiam a sociedade brasileira contemporânea. O que se desenha à frente é não apenas um embate entre ideias, mas a continuação de um debate sobre o futuro democrático do Brasil.