Análise exclusiva do cientista político Antonio Lavareda sobre os resultados das eleições de 2024 e os rumos da política nacional.

A votação do último domingo (6/10) trouxe à tona diversas questões que ainda pairam no ar e merecem ser analisadas de forma mais aprofundada. Em entrevista exclusiva a este veículo, o renomado cientista político e presidente do conselho científico do Ipespe, Antonio Lavareda, responde a algumas dessas questões com sua expertise e visão única sobre o cenário atual.

Uma das perguntas levantadas é se o segundo turno representa uma nova eleição. Para Lavareda, o segundo turno não é uma nova eleição, mas sim a continuação do processo iniciado no primeiro turno, proporcionando aos eleitores dos candidatos derrotados a chance de escolher o vencedor final.

Outro ponto abordado foi a polarização entre a direita e o centro. Segundo estudos acadêmicos, apenas MDB, PSDB e Cidadania se situam no centro do espectro ideológico, com o centro elegendo 14% dos prefeitos do país e 19% nas capitais. A análise de Lavareda aponta para um fortalecimento da direita, com candidatos ligados a Bolsonaro surpreendendo em algumas localidades.

Sobre a figura de Pablo Marçal e sua possível ascensão como candidato à presidência em 2026, Lavareda ressalta o potencial presidencial do político, mesmo após sua participação nas eleições municipais. A “marçalização” da política, termo que descreve o fenômeno populista da ultra direita digital, também é discutida, destacando a influência de Marçal e a possibilidade de surgimento de novos líderes com características semelhantes.

O PT, por sua vez, encontra motivos de comemoração na aliança com Guilherme Boulos, que garantiu a ida do candidato do PSOL para o segundo turno em São Paulo. Já a ausência de Lula nas eleições municipais é explicada pela estratégia do PT em evitar exposições desnecessárias e pela pressão dos diversos partidos que compõem sua base aliada.

Em suma, a entrevista de Lavareda traz luz a diversas questões que permeiam o cenário político atual, analisando com profundidade os resultados e perspectivas provenientes das eleições municipais deste ano. A visão do cientista político é fundamental para compreender os rumos da política brasileira e antecipar possíveis cenários futuros.

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