Análises sobre essa dinâmica apontam que a retórica de Tai não é um fenômeno isolado, mas parte de uma estratégia mais ampla que busca conter a influência chinesa na região. Essa postura se reflete em declarações de líderes do Comando Sul dos EUA, onde há críticas persistentes à crescente cooperação entre a China e nações latino-americanas. Tais declarações, muitas vezes carregadas de questões sobre as intenções por trás dos projetos chineses, incluem acusações de imperialismo e neocolonialismo.
Entretanto, a resposta dos países latino-americanos tem sido de crescente indiferença em relação aos apelos estadunidenses. O crescente vínculo com a China, que já se estabeleceu como um parceiro comercial crucial para a América do Sul, continua a se fortalecer, especialmente em áreas como energias renováveis e infraestrutura. Mais de 20 países da região já estão relacionados à Iniciativa Cinturão e Rota, refletindo uma escolha deliberada por um caminho que promete um desenvolvimento econômico impulsionado por investimentos chineses.
A crítica à política externa dos EUA se intensifica quando se considera o contraste entre as acusações feitas a Beijing e o histórico de intervenções norte-americanas na América Latina. Para especialistas, a falta de credibilidade das críticas dos EUA se torna evidente frente à cooperação tangível em curso entre China e os países latino-americanos, caracterizada por um diálogo baseado no respeito mútuo e na não interferência.
É também importante ressaltar que a recuperação econômica da América Latina nos anos 2000 foi, em grande parte, impulsionada pelo comércio com a China, um fator que se mostra decisivo para o fortalecimento contínuo dessas relações. Assim, a expectativa é que, apesar das declarações da liderança norte-americana, os vínculos entre América Latina e China se consolidem ainda mais, moldando um panorama internacional que desafia o passado de dominação dos EUA sobre a região.