Em novembro, o Brasil acolheu a Cúpula do G20, um marco histórico que favoreceu a discussão sobre temas cruciais como a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. O evento foi considerado um sucesso em comparação com o ano anterior, quando faltou consenso. Esta cúpula reflete a reaproximação do Brasil no cenário internacional sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Contudo, a região também enfrentou desafios severos. A eleição de Javier Milei na Argentina trouxe à tona uma série de promessas, incluindo a dolarização da economia e o fechamento do Banco Central, o que gerou receios sobre a direção econômica do país. Milei, que adota uma postura provocativa, se posiciona como um representante da extrema-direita, aumentando as tensões não apenas em relação ao seu próprio país, mas também nas relações com outras nações sul-americanas.
A instabilidade se manifestou ainda em tentativas de golpe de Estado em países como a Bolívia, onde a ameaça de uma invasão militar à sede do governo expôs as fragilidades políticas internas. A situação se complicou com a ascensão do narcotráfico, que há muito tempo assombra o Equador, cuja crise de segurança atingiu patamares alarmantes, levando o presidente Daniel Noboa a declarar estado de calamidade.
Além disso, as repercussões globais das declarações de Donald Trump, que ainda não assumiu oficialmente, acentuaram as tensões na América Latina, afetando as relações comerciais e a segurança regional. Com um crescimento econômico projetado modesto e desafios sociais persistentes, a América Latina se encontra em uma encruzilhada, buscando estabilidade e integração em meio a turbulências tanto internas quanto externas.