A intensificação da tensão comercial se deu depois que Trump declarou sua intenção de taxar produtos da UE, argumentando que Bruxelas tem tratado os Estados Unidos de forma desfavorável. Esta afirmação se deu apenas um dia após o presidente americano anunciar tarifas sobre produtos provenientes de outras nações como Canadá, México e China. A líder do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, destacou que a UE está disposta a prosseguir com as negociações comerciais, mas também deve preparar contramedidas à altura caso a situação se agrave.
A história das tarifas entre os blocos remonta ao primeiro mandato de Trump, onde foram institucionais impostos sobre o aço e alumínio europeus, iniciando um ciclo de retaliações. Com a administração de Joe Biden, a tensão comercial continuou, exacerbada pela aprovação da Lei para a Redução para a Inflação, que concede incentivos fiscais na compra de veículos elétricos, mas apenas se estes forem fabricados nos Estados Unidos. A medida foi interpretada pela UE como uma forma desleal de concorrência, resultando em novas tarifas sobre produtos americanos.
A ameaça de tarifas por parte de Trump não é novidade e gera receios significativos entre os países europeus. Durante o seu discurso, Habeck enfatizou a vulnerabilidade das economias americanas, dizendo: “Os americanos devem saber: esta é uma alternativa muito ruim. Explicaremos isso aos americanos: vocês também têm algo a perder.” Essa mensagem clara foi direcionada na tentativa de mostrar que, em um potencial conflito comercial, tanto a Europa quanto os Estados Unidos têm muito a perder.
Com as perspectivas de uma nova polarização nas relações comerciais, observadores do mercado e autoridades econômicas estarão acompanhando de perto os próximos passos de Trump e a resposta da UE, que promete não hesitar em proteger seus interesses comerciais.