Aluna da USP relata estupro em alojamento; autor é identificado e investigado; caso gera revolta na comunidade universitária.



No último dia 19 de agosto, a estudante Yasmin Mendonça, de 20 anos, que cursa na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), em São Paulo, relatou ter sido vítima de estupro nas dependências do Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (Crusp), onde reside na zona oeste da capital paulista. O caso foi registrado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e está sob investigação do 93° DP (Jaguaré), devendo ser repassado à 3ª Delegacia da Defesa da Mulher (DDM).

Segundo os relatos da vítima, o crime teria sido cometido por um vizinho de alojamento, que a convidou para tomar café em sua cozinha. Durante a conversa, o agressor tentou beijá-la, mesmo após Yasmin ter deixado claro que desejava apenas amizade. A situação se agravou quando o suspeito começou a acariciá-la, abrir sua blusa e sutiã, e tocar em seus seios, apesar da mobilidade reduzida da jovem devido a uma paralisia cerebral.

Após a agressão, a estudante procurou a assistente social da universidade para relatar o ocorrido, porém se sentiu desamparada diante da reação da instituição, que apenas realocou o agressor para outro bloco do alojamento. Com medo e sentindo-se desprotegida, Yasmin tem buscado apoio de advogados, coletivos feministas da USP e do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para garantir que o agressor seja responsabilizado.

Este não foi um caso isolado na universidade. Outra jovem de 23 anos denunciou uma tentativa de estupro na Praça do Relógio da USP, o que tem gerado mobilização entre os alunos em busca de maior segurança para as mulheres na instituição. Em resposta, a USP anunciou a implantação de novas medidas de segurança, como um projeto de iluminação e intensificação do policiamento no campus.

Diante do clima de insegurança, estudantes feministas têm promovido aulas de autodefesa e saídas coletivas para que as mulheres não caminhem sozinhas na universidade. Enquanto as investigações ainda buscam identificar e responsabilizar os autores dos crimes, as vítimas contam com o apoio da comunidade acadêmica e de órgãos competentes para garantir justiça e proteção.

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