Segundo os relatos da vítima, o crime teria sido cometido por um vizinho de alojamento, que a convidou para tomar café em sua cozinha. Durante a conversa, o agressor tentou beijá-la, mesmo após Yasmin ter deixado claro que desejava apenas amizade. A situação se agravou quando o suspeito começou a acariciá-la, abrir sua blusa e sutiã, e tocar em seus seios, apesar da mobilidade reduzida da jovem devido a uma paralisia cerebral.
Após a agressão, a estudante procurou a assistente social da universidade para relatar o ocorrido, porém se sentiu desamparada diante da reação da instituição, que apenas realocou o agressor para outro bloco do alojamento. Com medo e sentindo-se desprotegida, Yasmin tem buscado apoio de advogados, coletivos feministas da USP e do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para garantir que o agressor seja responsabilizado.
Este não foi um caso isolado na universidade. Outra jovem de 23 anos denunciou uma tentativa de estupro na Praça do Relógio da USP, o que tem gerado mobilização entre os alunos em busca de maior segurança para as mulheres na instituição. Em resposta, a USP anunciou a implantação de novas medidas de segurança, como um projeto de iluminação e intensificação do policiamento no campus.
Diante do clima de insegurança, estudantes feministas têm promovido aulas de autodefesa e saídas coletivas para que as mulheres não caminhem sozinhas na universidade. Enquanto as investigações ainda buscam identificar e responsabilizar os autores dos crimes, as vítimas contam com o apoio da comunidade acadêmica e de órgãos competentes para garantir justiça e proteção.