Alto representante da UE alerta para catástrofe humanitária em Rafah, no sul de Gaza, em caso de ofensiva israelense.


A tensão entre Israel e Gaza atingiu um novo patamar com a ameaça de uma ofensiva israelense sobre a cidade de Rafah, localizada no sul de Gaza e na fronteira com o Egito. O alto representante da União Europeia para Relações Exteriores e Política de Segurança, Josep Borrell, fez um alerta enfático sobre o risco de uma “catástrofe humanitária” caso Israel avance sobre a cidade.

Em meio a esse cenário de tensão extrema, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também lançou um apelo para que as hostilidades sejam suspensas e as negociações para libertar reféns sejam retomadas. Isso ocorre após ataques aéreos israelenses à Rafah terem deixado pelo menos 44 palestinos mortos no último fim de semana.

A cidade de Rafah desempenha um papel crucial como corredor de entrada de ajuda humanitária para a região. Segundo a ONU, 1,4 milhão de pessoas estão refugiadas em Rafah devido ao conflito entre Israel e Hamas, que teve início em outubro do ano passado. O governo israelense alega que Rafah é o último reduto do grupo extremista Hamas em Gaza.

A Casa Branca também expressou preocupação, alertando que uma operação terrestre israelense em Rafah, nas atuais circunstâncias, seria um “desastre” para a população civil. Além disso, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, afirmou que uma ofensiva terrestre israelense na cidade teria “consequências desastrosas” e ameaçou suspender o tratado de paz assinado com Israel em 1970.

A comunidade internacional se manifestou firmemente contra a ofensiva de Israel sobre Rafah, alertando para o risco de uma escalada do conflito no Oriente Médio. O temor é de que as ações de Israel possam desencadear uma propagação do conflito, colocando em risco a estabilidade da região.

Diante desse contexto delicado, a pressão internacional para evitar uma ofensiva israelense em Rafah é intensa. As autoridades se mostram preocupadas com as potenciais consequências humanitárias e geopolíticas de tal ação, e buscam negociar soluções para que a situação não se agrave ainda mais.

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