Em meio a esse cenário de tensão extrema, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também lançou um apelo para que as hostilidades sejam suspensas e as negociações para libertar reféns sejam retomadas. Isso ocorre após ataques aéreos israelenses à Rafah terem deixado pelo menos 44 palestinos mortos no último fim de semana.
A cidade de Rafah desempenha um papel crucial como corredor de entrada de ajuda humanitária para a região. Segundo a ONU, 1,4 milhão de pessoas estão refugiadas em Rafah devido ao conflito entre Israel e Hamas, que teve início em outubro do ano passado. O governo israelense alega que Rafah é o último reduto do grupo extremista Hamas em Gaza.
A Casa Branca também expressou preocupação, alertando que uma operação terrestre israelense em Rafah, nas atuais circunstâncias, seria um “desastre” para a população civil. Além disso, o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, afirmou que uma ofensiva terrestre israelense na cidade teria “consequências desastrosas” e ameaçou suspender o tratado de paz assinado com Israel em 1970.
A comunidade internacional se manifestou firmemente contra a ofensiva de Israel sobre Rafah, alertando para o risco de uma escalada do conflito no Oriente Médio. O temor é de que as ações de Israel possam desencadear uma propagação do conflito, colocando em risco a estabilidade da região.
Diante desse contexto delicado, a pressão internacional para evitar uma ofensiva israelense em Rafah é intensa. As autoridades se mostram preocupadas com as potenciais consequências humanitárias e geopolíticas de tal ação, e buscam negociar soluções para que a situação não se agrave ainda mais.