Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, revelou que quase metade (45%) das calorias diárias consumidas por crianças de 3 a 5 anos naquele país são provenientes de alimentos ultraprocessados. Esse dado é alarmante e aponta para a necessidade urgente de mudanças nos hábitos alimentares das crianças em idade pré-escolar.
Os resultados desse estudo foram publicados recentemente no periódico Jama e indicam que o alto consumo de ultraprocessados está associado a um maior índice de massa corporal, piores medidas antropométricas e uma maior probabilidade de sobrepeso e obesidade, especialmente entre os meninos.
No Brasil, a situação não é muito diferente. De acordo com o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), realizado em 2019, 80% das crianças brasileiras com até 5 anos já consumiam alimentos ultraprocessados como biscoitos, refrigerantes e farinhas instantâneas. Esse cenário é preocupante, pois o consumo excessivo desses alimentos pode ter sérias consequências para a saúde das crianças a longo prazo.
Para reverter essa situação, é fundamental educar os pais, cuidadores e professores sobre a importância de uma alimentação saudável desde a infância. A introdução de hábitos alimentares saudáveis nessa fase da vida pode ter um impacto positivo significativo na saúde das crianças a longo prazo.
Além disso, políticas públicas e ações de prevenção, como a redução do consumo de ultraprocessados nas escolas e a promoção de alimentos saudáveis, são essenciais para combater o problema do alto consumo de alimentos industrializados entre as crianças em idade pré-escolar. A conscientização e o engajamento de toda a sociedade são fundamentais para garantir um futuro mais saudável para as nossas crianças.